APRENDI ISSO

JULHO/2015 – Joel Fernandes é Médium e Filósofo

     Na grande circulação espiralada e aberta das civilizações e culturas sucessivas, nelas incluídas as ciências psíquicas, pedagógicas, físicas, religiosas, filosóficas, e etc., a grande contribuição do Espiritismo não tem sido outra senão a da obviedade, qual seja: a da demonstração cabal das preexistência e imortalidade do espírito. Sim, estamos falando de nós mesmos, espíritos reencarnados na Terra, um dos incontáveis planetas de provas e expiações, a fim de irmos construindo nossas evoluções morais, consoante o Capítulo III d’“O Evangelho Segundo o Espiritismo”.

      A contribuição da Doutrina Espírita, em relação à distinção de todos os paradigmas religiosos anteriores, repousa na reencarnação do espírito noutro corpo humano, fato também em contraposição com a metempsicose apregoada desde os tempos mais remotos do hinduísmo, porém deste se afastando. Evidentemente é uma contribuição inovadora notável pela inéditta concepção de progresso constante em nossos padrões anímicos intelectuais e deontológicos – a Deontologia é a ciência dos fundamentos dos deveres morais – a fim da alma poder expressar todas as potencialidades divinas nela jacentes. Por isso afirmamos que, no limite, viemos do mundo espiritual e para “” retornaremos.

     A Terceira Revelação nos demonstra ambos, o espírito e a reencarnação, pela documentação viva, e real-empírica, da mediunidade – essa capacidade humana-biológica da qual todos somos portadores –, sendo que uns a expressam melhor, enquanto outros nem tanto assim. A mediunidade, então, é algo comum-natural, logo, universal e, portanto, capaz de nos colocar em contato com quaisquer espíritos superiores em sabedoria e sentimento ou outros, ignorantes e passionais.

     Sendo uranográfico, o Espiritismo expande nossos horizontes mentais-espirituais conduzindo-nos à transcendência por nos tornar seres astronômicos e, postas, como já se encontram no mundo, todas essas belezas espirituais-filosóficas, científicas, e religiosas, questionamo-nos, justamente: qual seria o eixo a nortear os nossos espíritos ou, dito doutro modo, qual seria a política ideal aos nossos espíritos? Ora, não poderia ser outra senão a de Jesus-Cristo, a qual sempre visualizou o indivíduo, a unidade pensante das instituições e das sociedades: a distribuição do amor incondicional.

     Somos seres desejantes da felicidade, todavia nenhum de nós poderá, realmente, ser feliz, fora da Lei, isto é, nos interiores dos egoísmo, orgulho, e vaidade, ou, enfim, nos vícios que nos auto-humilham. Pessoa alguma poderá ser feliz sem o outro que se torna, assim, o vetor da sua felicidade. Aprendi isso em outubro de 2.013, num diálogo travado com o Espírito Eusébio: “ninguém pode ser feliz fora da Lei do Amor, pois somente colherá decepções amargas e dolorosas”. Daí perguntarmos: “que deveremos fazer, a partir de agora, para adquirir o vetor-amor e sermos felizes?”. Resposta: “comecemos por nos auto questionar ‘o que somos?’ para depois saber o que seja a felicidade”. Todavia, como as perguntas são intérminas, segue-se: e por que o amor é a mais elevada conquista moral-humana individual? Porque quem ama se transcende, pois amar é desejar o bem do outro, o objeto-ser do seu amor, antes de pensar em si mesmo! Alguém somente poderá ser feliz se, antes, o outro o for por sua ação doadora, donde resulta que amar é doar-se. Se queremos ser felizes, doemo-nos uns aos outros, jamais façamos aos nossos próximos o que não gostaríamos que eles nos fizessem, sabedoria que nos leva à conclusão de que a felicidade tem o seu pé-de-apoio no “si mesmo”, porque, e não sem razão filosófica, o primeiro dos mandamentos é “amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo-outro como a ‘si mesmo’, nisso se encerra toda Lei”, segundo Jesus, o mais terno, justo, e didático, mestre moral-amoroso, passado neste chão.

     Nosso código magistral se encerra em quatro letras, amor, para o qual reencarnamos. 

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