OUTUBRO/2015 – Joel Fernandes é Médium e Filósofo
A palavra é alemã e serve para indicar fenômenos tão antigos quanto o homem: movimentações de objetos, bem como seus aparecimentos e desaparecimentos, luzes que piscam, sons indetectáveis, etc., sem que pessoa alguma os incremente. “Polter” significa “ruído; barulho”, enquanto “geist” significa “espírito; fantasma”.
Na Parapsicologia – estudiosa dos fenômenos excepcionais-aberrantes por escaparem às leis conhecidas da natureza e do comportamento humano –, manifestam-se simplesmente deslocando objetos e fazendo ruídos. Considerados antigamente bruxarias ou manifestações demoníacas, tais conceitos caíram em desuso no XIX, passando a ser associados aos estados de perturbações de supostas almas desencarnadas, pois, segundo ela, existe grande diferença entre “poltergeists” e assombrações, mesmo aparentando coisas em comum: nos primeiros os epicentros são pessoas, enquanto nas segundas são lugares. Podem perdurar por séculos.
Ficaram bem caracterizados em filmes nos quais portas e janelas abriam-se ou fechavam-se, louças dos armários eram precipitadas ao chão, correntes barulhentas eram arrastadas pelos corredores, panelas voavam, copos e talheres espatifavam-se nos pisos, … Os moradores, claro, assustavam-se muito e, infelizmente, há ainda hoje quem pretenda denegrir a Doutrina Espírita ao associá-los ao seu repertório, mas esta sabe-os serem anteriores à sua origem. Por isso respondemos à curiosidade mundial: há Espíritos neles? Sim, são os seus provocadores, porquanto os Espíritos não foram criados pela Terceira Revelação por existirem como uma das forças da natureza, força somente explicada na edição d’“O Livro dos Espíritos”, em Paris/França, em 1.857, obra básica de seu corpo de conhecimentos.
Então os Espíritos interferem em nossas vidas? Correto e, de comum, dirigem-nos, apesar de não darmos conta disso. Digamos então: “contra tais ações não podemos fazer absolutamente nada, pois as causas, ou os telefonemas, provêm “de lá” “pra cá” e, assim sendo, reconhecemos nossos impedimentos com relação ao assunto”. Trata-se do mundo espiritual agindo sobre o mundo material, todavia este mundo também interfere naquele, pois todos os Espíritos terão que um dia, reencarnar, esperançosos dum planeta melhor. E duvido muitíssimo haver na Terra quem já não reconheceu tais inspirações a partir de certos pressentimentos.
Em 16 de junho de 2.014, no Rio Grande do Sul, tornaram a ocorrer, chamando atenção da mídia e, a televisão, indo ao local, constatou, no momento, o caimento de pedras grandes sobre o telhado e no interior da residência. Ora, Espiritismo nada tem a ver com isso, exceto afirmar serem fenômenos nitidamente espirituais, visto nem todo espírito ser um espírito espírita, pois a desencarnação não dá passaporte aos ignorantes serem sábios nem aos desonestos serem moralizados. Visitem, no “google”, “poltergeist no Rio Grande do Sul”, para assistir ao estranho e violento evento – principalmente os seus desconhecedores, como as “religiões, ultrapassadas, da Tradição”, mas não os espíritas estudiosos do tema que, ocorrente, surpreende as pessoas levadas pelas ignorâncias das superstições e desconhecedoras das suas causas racionalmente conhecíveis: as espirituais.
A família, que prefere não ser identificada, assustada e sem saber a quem recorrer, acionou a Brigada Militar e essa, mesmo sem encontrar explicações para os fenômenos, registrou uma ocorrência. Os policiais disseram-se espantados com os fatos observados: “Vimos pedras sendo jogadas ou caindo em cima do telhado e nas paredes. O detalhe é que não quebravam as telhas e nas paredes não ficavam sinais alguns delas”, contou o Sargento João Aquino.
O casal, com três filhos, disse: “Jogavam pedras na casa, como uma chuva. A gente chamava a Polícia. Ela vinha, olhava por tudo, mas não enxergava nada. A casa estava toda fechada, mas se enchia de pedras por dentro. Depois de pequena calmaria, começaram a cair nos roupeiros”.
O produtor de vídeos, Gelson Luiz da Costa, foi até lá movido pela curiosidade. Com uma câmera fez imagens para registrar os fenômenos. No momento da gravação uma pedra caiu dentro da casa. Ele percebeu que a família precisava de ajuda e se empenhou em encontrar um médium para fazer um trabalho de exorcismo (!). Marli Freitas de Oliveira, 26 anos, namorada de Jorge Luís Andrades, parece levar consigo os “poltergeists” para todos os lugares onde vai.
Curiosamente o fenômeno não se propagou para nenhuma das casas vizinhas, permanecendo restrito aos ambientes habitados pelos dez componentes da família. Sugerimos aos nossos leitores a leitura d’“O Livro dos Médiuns”, Capítulo IV.